Conheça meu trabalho e veja algumas dicas de fotografia.

Esta é a última parte da entrevista para Amanda Martins, do Portal R7. Na primeira , falei da minha experiência com a foneografia. Na segund...

Entrevista para o Portal R7 - Parte 3

Esta é a última parte da entrevista para Amanda Martins, do Portal R7. Na primeira, falei da minha experiência com a foneografia. Na segunda, publicada ontem, falei de alguns desafios que podem ser encontrados ao fotografar com o celular.

Neste post, ainda falo sobre alguns desafios e limitações e explico o que é HDR.

Retrato com HDR feito com celular. Queridinho de muitos, mas não é o ideal para todas as situações.
8- O que você indica para fotografar com o smartphone em ambientes de pouca luz? O flash costuma resolver este tipo de problema?
Para lugares mal iluminados, é necessário buscar fontes de luz. Seja abrir uma janela, ativar o flash ou trazer um abajur pra perto (ou ainda uma fonte de iluminação de LED específica para fotografar com smartphones). Isso porque a maior parte das câmeras não possui muitos recursos manuais. Não dá, por exemplo, para fazer o que fazemos em câmeras totalmente manuais, que diminuimos a velocidade do obturador ou aumentamos o ISO ou o diafragma. O flash embutido muitas vezes é ruim, então a foto exige uma edição posterior. Outros celulares possuem sensores que fazem a leitura daquela iluminação e apresentam um resultado mais satisfatório, com menos distorções de cor.

9- Por que as fotos costumam sair tremidas com o smartphone? Existe algum "truque" para evitar isso?
Às vezes, é porque quem está fotografando não possui a mão firme (rs!), mas geralmente é porque não há iluminação suficiente no local. O que o sistema da câmera faz, então, é aumentar o tempo de exposição da foto, para que entre mais luz. Isso faz com que a imagem leve mais tempo para ser registrada e, como é muito difícil ficarmos totalmente imóveis, resulta em tremidos e borrões. O flash é a alternativa mais prática para congelar a imagem, já que não há configuração manual. Outra opção é procurar ambientes mais iluminados. Convenhamos, não é sempre fácil em festas ou barzinhos.

10- Um dos problemas das câmeras dos smartphones é que eles têm uma limitação quanto ao foco. O que você indica quanto a isso?
Felizmente isso está mudando e muitas empresas já estão produzindo aparelhos em que é possível indicar onde você quer o foco. Vale a pena pagar um pouco mais caro e investir em um smartphone que dê essa opção. Do contrário, é realmente limitante, porque o celular é que "escolhe" onde ele acha que deve estar o foco (normalmente no canto mais claro ou mais iluminado) e é muito difícil "convencê-lo" de que não é isso que você quer. Para um caso desses, é buscar conhecer a distância em que a lente normalmente focaliza e tentar colocar o objeto ou pessoa no lugar mais iluminado.

11- Alguns smartphones hoje vêm com o recurso HDR. O que é isso e em que situações ele é indicado?

HDR é sigla para High Dynamic Range, que significa Alto Alcance Dinâmico. O que a função faz, basicamente, é registrar as diferentes quantidades de luz numa cena. A olho nu, conseguimos enxergar detalhes na cena, mesmo que uma parte esteja sombreada. Já a câmera, não. O sensor só enxerga luz e ausência de luz, então vai procurar ou subexpor a imagem (deixando-a mais escura e privilegiando a área que está bem iluminada) ou sobre-expor (deixando-a mais clara, privilegiando as partes escuras e "estourando" as mais iluminadas). O HDR pode ser usado para fotografar paisagens, pessoas, cenas de contraluz... Realmente vai apresentar problemas em fotos com movimento, cenas muito claras ou muito escuras (pode resultar em cores sem vida) ou quando o que você quer é uma fotografia de alto contraste, porque o HDR vai deixar o contraste menos intenso. 

A técnica de HDR é produzida fazendo três fotos com exposições diferentes: uma lendo a parte mais clara, outra a parte média e a última, lendo a parte escura. No computador, jogaríamos as fotos em um programa de edição e faríamos a junção das três, para buscar um resultado mais realista, mais próximo com o que enxergamos. No celular, o processador vai trabalhar um pouco mais do que o normal, pois ele vai fazer a leitura das diferentes iluminações e montar uma fotografia já com o resultado final. Demora um pouquinho mais do que em outra foto (em alguns aparelhos isso é quase imperceptível) e consome um pouquinho mais de bateria, mas é mais um recurso que deve ser experimentado e que vai do gosto pessoal do usuário.

Repórter: Amanda Martins/Portal R7. Matéria: http://r7.com/Cvja

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