A exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 14h às 20h, até o dia 16 de março.
Diário de café é inspirado em um antigo estabelecimento comercial na Rua da República, no centro Histórico de João Pessoa, que servia café da manhã e almoço até o meio-dia, servia lanches até as dezoito horas, e à noite funcionava como bar frequentado por estudantes, artistas, mulheres do varadouro e outros poetas da noite.
Esse ambiente é usado como tema para uma poética de inserção de conteúdos alternativos em sítios históricos em processo de abandono. O tratamento ficcional dado àquele estabelecimento que transformava-se a cada turno em função das mudanças de interesse do público permite a reconstituição de cenas do cotidiano com base nessa diversidade. A simulação de traços de batom, lágrimas e outros resíduos deixados sobre as toalhas das mesas, exibidos durante o dia como os sobejos da noite anterior, podem ser considerados os indícios de acontecimentos diversos e dos seus protagonistas.
Nesse mesmo contexto o perfume de Gardênia, que também é um bolero, descreve aspecto do ambiente e dos personagens imaginários que desencadeiam-se conforme as ocorrências de ordem passional, policial ou de outra natureza, na mesma proporção em que ocorrem também as transformações do ambiente.
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